15 sinais de que você sossegou na vida e ainda não percebeu
Matheus Pichonelli
03/07/2018 04h00
Foto: Getty Images
Sinal 1. Você está num bloco de Carnaval e começa a chover. Os xóvens fazem daquilo uma festa: pulam, dançam, cantam, se enlameiam. Você se refugia sob a primeira marquise com medo de acordar doente no dia seguinte.
Sinal 2. Você acorda doente no dia seguinte.
Sinal 3. Você entra na loja para comprar uma jaqueta de inverno, mas se encanta mesmo com uma calça flanelada. É um pijama.
Sinal 4. A blusa de lã dos avós começa a vestir bem.
Sinal 5. O brechó e a feira orgânica do bairro são a nova Disneylândia.
Sinal 6. Você passa mais tempo do ano esperando a quermesse da paróquia do que o Rock in Rio.
Sinal 7. As tretas com as infiltrações e entupimentos da casa são assuntos recorrentes no bar, no Google e no trabalho.
Sinal 8. Antes da visita ir embora, você insiste que leve um pedaço de bolo que você mesmo fez com o argumento de que irá estragar.
Sinal 9. Depois de muita insistência, a visita leva o pedaço de bolo. Não sem antes dizer "ôôôôôôôôô, meu Deus".
Sinal 10. Você já nem estranha que todos os seus ídolos do esporte viraram comentaristas de programa esportivo. E desmarca qualquer programa noturno, inclusive jogo no estádio, para assistir aos debates na TV.
Sinal 11. Alguém te adiciona a um grupo de WhatsApp criado só para discutir as finais dos talent shows de culinária.
Sinal 12. Você sabe mais nomes de plantas do que de artistas contemporâneos. ¼ das espécies catalogadas da Mata Atlântica encontra-se em seu apartamento.
Sinal 13. "E se a gente adotasse o nosso 18º gato?"
Sinal 14. Toda sexta-feira você posta fotos da cerveja trincando no Instagram e avisa que está abrindo os trabalhos. Home office, claro.
Sinal 15. Você não pega a referência quando alguém fala a palavra KondZilla. Em compensação, a sua playlist no Spotify é o único lugar do mundo que ainda toca Los Hermanos.
Sobre o autor
Matheus Pichonelli é jornalista reincidente e cientista social não praticante. Trabalhou em veículos como Folha de S.Paulo, portal iG, Gazeta Esportiva, Yahoo e Carta Capital. Araraquarense, desistiu de São Paulo após 12 anos e voltou a morar no interior, de onde escreve sobre comportamento, cinema, política e (às vezes) futebol.
Sobre o blog
Este blog é um espaço de compartilhamento de dúvidas, angústias e ansiedades vivenciadas em um mundo cada vez mais conectado, veloz e impessoal.